Queria eu ser como o vento que passa assoprando em seus ouvidos e acariciando o seu pescoço,
Queria eu ser como o vento que passa esfriando o seu singelo corpo,
Queria eu ser como o vento que como o lobo em noites de lua clara uiva entre as árvores enquanto eu sussurraria em seus ouvidos nas longas  madrugadas enluaradas,
Queria eu ser como o vento que ao ouvir o gemido das árvores também ouviria o seu gemido e com ele  a sua respiração ofegante de prazer,
Queria eu ser como o vento que ao ouvir o choro das árvores que perdem as suas folhas também ouviria o seu choro ecoando em meus ouvidos buscando em meus braços um aconchego,
Queria eu ser como o vento que assopra na direção dos campos cobrindo-os com o seu manto de flores, enquanto eu te cobriria de abraços, beijos e caricias.
Valdir Salgado de Souza.  16/09/12